Sim, o labirinto de um caminho só que leva ao centro tem grande valor terapêutico. E esse potencial pode se revelar não apenas em consultórios e em “sets” terapêuticos, mas nos mais variados contextos, em escolas, empresas, hospitais, em casa…
O simples ato de olhar um labirinto estimula a criatividade, tranquiliza. Esse símbolo arquetípico é um contenedor, um espaço fechado, que pode ser preenchido pelo movimento e pelas intenções de quem o percorre e que oferece o contorno seguro para o florescimento de novas percepções e transformações necessárias.
Sua função pode ser reguladora de emoções e excesso de energia, sendo, portanto, uma ferramenta complementar no tratamento de ansiedade, no desenvolvimento e melhora da atenção e da concentração, no alívio de fobias advindas de traumas e/ou condições psíquicas especiais e em processos de cura e convalescença.
“O arquétipo do labirinto simboliza a jornada que conduz o homem ao interior de si mesmo, à luta com a sua sombra, à sua transformação e, finalmente, ao resgate de sua alma e o alcance do centro e da Unidade. O labirinto é uma metáfora da vida humana(…). O labirinto representa a tarefa que o indivíduo tem que trilhar em busca do desenvolvimento, assumindo todos os percalços” (Cavalcanti, R. 2008, p.135).
Cada terapeuta, pai, mãe, educador(a) ou facilitador(a) que inclui o Labirinto de Dedo, de Chão, de Mesa, construído no jardim, pintado na parede, desenhado no papel, etc. entre seus recursos pode, e deve, apropriar-se e utilizar da forma que quiser, em função de suas referências, de suas intenções positivas e cuidadosas e de suas intuições mais profundas.